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Os meios e vias de comunicação são elementos culturais importantes. Assim, os veículos
antigos, na sua imensa diversidade de funções, sintetizam um longo processo de aprendizagem
e adaptação do homem aos elementos naturais que o envolvem.
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CARRO DE CAPOEIRA
É sem dúvida, um dos mais típicos veículos que calcorreavam os antigos caminhos do Algarve.
Trata-se de um vulgar carro de mula a que se adicionou uma capota de pano oleado vulgarmente
conhecida por "capoeira". Esta, é muito garrida e o seu desenho é normalmente exclusivo de
cada oficina, o que permite identificar a origem do veículo ou o local do seu fabrico.
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ARANHA
Conhecido por "Aranha", este veículo parece ter herdado do animal que lhe dá o nome as suas
características de agilidade e rapidez, bem assim como o seu aspecto geral, caracterizado por
grandes e finas rodas que suportam um pequeno mas confortável assento para 2 ou 3 pessoas.
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CARRO DE AZEITEIRO
Qual mercearia ambulante, o azeiteiro vendia de porta em porta os seus
produtos: o azeite, o sabão, o petróleo, etc. Trata-se de um veículo pesado, cuja estrutura
é totalmente em ferro, exigindo por isso um animal muito forte. Apesar de não se tratar de
exemplar antigo, é sem dúvida descendente de um tipo de comércio (venda ao domicílio) muito
comum nos meios citadinos.
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CARRO DE TRABALHO (Carreta)
Veículo extremamente resistente próprio para os trabalhos mais pesados. Possivelmente terá transportado grandes cargas de cortiça, palha ou lenha ao ritmo cadenciado da parelha de animais (bois ou mulas) que faziam a sua tracção.
Não possui taipais laterais, embora os pudesse ter, tudo dependente do tipo de carga.
Proveniente de S. Bartolomeu de Messines.
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CARROçA DE MULA VULGAR
Veículo utilitário de tracção animal de trabalho e transporte de
pessoas. Utilizado por quase todo o litoral e barrocal do Algarve.
Os motivos decorativos de côres garridas, vulgarmente usados,
identificam-lhe a origem. É ainda hoje possível encontrar em uso,
alguns dos últimos exemplares.
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CHURRIÃO
Veículo muito resistente, de dupla tracção, próprio para viagens de longo curso, onde os viajantes podiam usufruir de algumas comodidades, como curtinas e assentos acolchoados e rebatíveis, podendo estes transformarem-se em cama à noite.
Apesar de os churriões serem bastante mais comuns no Alentejo do que no Algarve, também por aqui estes circulavam.
Proveniente da zona de Albufeira.
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