Num meio essencialmente rural, as ferramentas de tratar a terra ganham um maior significado. Instrumentos que desde os primórdios da sua presença na terra, o homem soube criar, desenvolver e adaptar na medida das suas necessidades.







As charruas constituem-se como uma evolução do arado, alfaia de origem milenar, de grande importância para a agricultura e sedentarização dos povos. De fabrico industrial e principalmente em ferro, as charruas permitem a variação do tamanho da lâmina de acordo com o tipo de terreno e a aplicação que se pretende dar.

(Ernesto V. de Oliveira; F. Galhano; B. Pereira, Alfaia Agrícola Portuguesa, Lisboa, I.A.C., 1976, 209-10, Adaptado)





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A grade serve para o desterroamento dos campos depois das lavras e o alisamento das mesmas antes ou depois das sementeiras. A grade tradicional constitui-se por dois, três ou quatro barrotes de madeira - os banzos - ligados por testeiras ou travessas, onde se cravam os dentes, que são ora em forma de prego ora em forma de faca e em ferro ou em pau. A grade leva muitas vezes em cima um pedregulho ou o próprio homem que com ela trabalha, para aumentar o seu peso.

(Ernesto V. de Oliveira; F. Galhano; B. Pereira, Alfaia Agrícola Portuguesa, Lisboa, I.A.C., 1976, 209-10, Adaptado)









O trilho é um aparelho de debulha de cereal, nomeadamente de trigo, (e de leguminosas), composto de rolos de madeira munidos de puas de madeira ou lâminas de ferro em forma de faca. Sempre puxado pelo gado, sobre a eira onde se encontra o cereal espalhado e com a pessoa que conduz o gado em cima, os pedaços de ferro ou a lâminas separam o grão da espiga e cortam a palha. O trilho de rolos - o plostellum dos romanos - possui, sobre um caixilho onde aqueles giram, um assento fixo de pau ou um estrado alto, onde se senta a pessoa que conduz o gado.

(Ernesto V. de Oliveira; F. Galhano; B. Pereira, Alfaia Agrícola Portuguesa, Lisboa, I.A.C., 1976, 304-5, Adaptado)

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