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Tradicionalmente, o local de compra de brinquedos era a feira. Ali
se encontravam os peões, as miniaturas de automóveis ou de mobiliário,
ou de diversos utensílios domésticos. Ali também se podiam encontrar
bonecas de pano, ou ainda, as bonecas tabuleiro - que ganharam o nome
na nossa região por serem expostas na feira em tabuleiros de pão.
Todos eles, brinquedos artesanais, produzidos com os restos de madeira,
pano, lata, e muita dedicação.
No século XIX começam a produzir-se as bonecas em cartão, com os
vestidinhos em papel para recortar. Pelo seu baixo preço, estas
bonecas mantiveram-se até aos nossos dias.
As casinhas de bonecas, miniaturas conhecidas desde o século XVI,
e generalizadas no século XIX, reflectem a organização social e
económica de cada época, bem como as inovações tecnológicas.
No início do século XX, em Portugal, estas casas eram feitas por
encomenda ao carpinteiro, decoradas com as mobílias que existiam à
venda, e completadas com panos e rendas confeccionados plas meninas,
aliando-se assim a brincadeira ao ensino de lavores.
Finalmente, surgem nas décadas de 1940-50 as bonecas de plástico e
vinil, que rapidamente passam a vender-se internacionalmente,
tornando-se cada vez mais variadas e acessíveis. O mercado
internacional de brinquedos em geral institui-se, e a Barbie aparece
como um dos expoentes desse mercado. Concebida em Los Angeles,
em 1959, por Ruth Handler, ela é hoje vendida a um ritmo de duas
unidades por segundo, em mais de 150 países!
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